A 1º edição do Encontro Regional de Estudantes de História da Amazônia - EREH/NO 2011 – será realizado na cidade de Macapá capital do Estado do Amapá com o tema “O imaginário Amazônico:Das drogas do sertão a Belo Monte”. A intenção do encontro é proporcionar elementos que possibilitem o estudo da Amazônia enquanto denominação que traz consigo diferentes imagens e visões.
Sobre a região, no decorrer da historia, compuseram-se diferentes interpretações, tanto dos seus agentes como do seu território. O imaginário composto das mais diferentes visões é utilizado por indivíduos externos à região e por seus próprios habitantes.
O conceito de Amazônia ganha enfoques diferenciados no âmbito regional e internacional, porém, é o seu uso pelas populações tradicionais que permite assimilação de imagens acerca do espaço, da vida dos seus moradores e da relação homem/natureza, alem das expectativas pela transformação dos modos de geração de economia.
As representações do espaço narradas pelos “descobridores” criaram nos europeus visões mitificadas, cheias de monstros marinhos, mulheres guerreiras, abismos, sereias, imagens que correspondiam muito mais à capacidade do europeu de definir o que lhe era novidade do que à capacidade dos navegadores de transmitir definições próximas da realidade encontrada, a Amazônia a ser descoberta est locus de um imaginário rico e encantado.
Três elementos são fundamentais na construção e manutenção deste imaginário: a narrativa que tece a relação entre o ambiente e os fatos do cotidiano da população amazônida esboçada a partir da linguagem já utilizada pelos europeus e que mitifica o Novo Mundo; a iconografia que constrói uma representativa dos mitos e lendas e montada pra apresentar uma imagem romântica do indígena ou imagens fictícias e metaforizadas e recentemente as diferentes formas de mídias em especial o cinema.
Do início da colonização à concretização atual da democracia na República, a região amazônica será vista sob aspecto de mítico e sua função no território nacional oscilará entre área a ser descoberta, a ser povoada, a ser preservada e, mais recentemente como palco da implantação de projetos de exploração e fornecimento de energia.
A abordagem do encontro “Das Drogas do Sertão a Belo Monte”
